Quarta-feira, 30 de Setembro de 2009
Isto nunca me aconteceu antes
I’m very sure, this never happened to me before
I met you and now I’m sure
This never happened before
Now I see, this is the way it’s supposed to be
I met you and now I see
This is the way it should be
This is the way it should be, for lovers
They shouldn’t go it alone
It’s not so good when your on your own
So come to me, now we can be what we want to be
I love you and now I see
This is the way it should be
This is the way it should be
This is the way it should be, for lovers
They shouldn’t go it alone
It’s not so good when your on your own
I’m very sure, this never happened to me before
I met you and now I’m sure
This never happened before (This never happened before)
This never happened before (This never happened before)
This never happened before (This never happened before)
This never happened before
Nestes tempos pautados pela distância de quem tanto se quer, a nossa mente deixa-se vaguear pelos mais recônditos pedaços de solidão e pelos mais estreitos becos sem saída.
Este vídeo que aqui mostro é uma pequena amostra de um filme que vi cá na Líbia, enquanto me deixava viajar por mares nunca antes navegados.
Tudo tem um propósito, tudo tem uma maneira de acontecer...
Neste con texto, o azul pode ser vermelho, branco ou até amarelo…que importa isso? O que é importante é querer ver o colorido dos nossos pensamentos e não deixar o desespero ou a saudade corroer a nossa mente já de si tocada pela insónia dos olhos que se quer tocar.
música: This never happened before
Sábado, 19 de Setembro de 2009
Mar
Mar
Tento fugir de pensar em ti,
Como quem foge da chuva que cai.
Mas, para onde quer que corra,
Acabo sempre por ir ter ao mesmo lugar.
Um lugar onde o amor se chama saudade,
E a saudade se chama dor.
Que me adianta esconder
Se estás dentro de mim?
E, por ti bate este coração,
E corre este sangue vermelho nas minhas veias.
Por ti escondo-me para me encontrar,
Quando me perco deste amor.
Mas, de que me vale fugir,
Se corro na tua direcção?
Como o rio que corre para o mar,
Para desaguar no infinito
Da nossa saudade.
Sou o som do mar,
A bater nas rochas da nossa praia,
Onde não há vento nem nevoeiro,
Apenas sol, que aquece a nossa alma,
E um mar de sentimentos,
Onde todos os dias o pescador de emoções
Aprende que é nesse mar que se quer afogar.
Michel Martins
Quinta-feira, 17 de Setembro de 2009
Fugir
Fugir Não penses que fugi de nós dois, Não acredito que os meus olhos te consigam mentir. Apenas me retirei para me encontrar, Pois estava perdido neste mar de emoções, Que somos nós os dois. Eu faço deste amor A razão de acordar todos os dias. Ainda que neste momento não entendas O certo é que no fundo sabes que somos apenas um. O coração é assim mesmo, Uma razão que nem sempre se entende. Mas, restará sempre a certeza Deste passado que teimará em se perpetuar. Um dia as saudades cravarão na minha pele Como uma coroa de espinhos E gritarei o teu nome Como o uivo de um lobo faminto E desejarei não ter nunca fugido Mas, que posso eu fazer Já que a única certeza agora é perder-te, Para que nos amemos para sempre. Michel Martins
Quarta-feira, 16 de Setembro de 2009
Reencontro
Reencontro
Como será fazer este caminho,
Que me leva de volta ao tempo das memórias?
Como será fingir que ainda somos os mesmos,
Aqueles que enganavam o tempo,
E se riam dos tolos de relógio?
Vou descer a rua sozinho,
como fazia quando te procurava no meio da multidão,
onde soltavas as tuas gargalhadas e me deixavas corado,
e eu sempre te surpreendia com um beijo apaixonado.
Agora o meu sobretudo já está sem cor
E meu cabelo perdeu o brilho de antigamente
Mas, ainda sei de cor o caminho até ti!
Sempre tive boa memória,
Aliás, ainda me lembro do sabor dos teus beijos
E do cheiro do teu perfume.
Ainda usas o mesmo?
Aquele do frasco azul?
Não mudaste mesmo!
Só espero não te ver de relógio!
Quero ver se quando vires os meus olhos perdes a noção do tempo!
Mas, não repares na minha pele,
Afinal, para nós, o sol já nasceu muitas vezes,
Mas, o sentimento ainda cá está,
esperando este reencontro,
onde vamos lembrar que, afinal o tempo não precisa de relógio,
E um coração apaixonado não envelhece nunca.
Michel Martins
Desilusão
Desilusão
Afinal tu não te lembras
do que mudou em nós os dois,
e tentas provar que estou errado
por te querer esquecer.
Sei que o tempo não volta atrás
como no cinema,
por isso não me peças que esqueça
e que volte ao tempo da nossa infância,
pois nós os dois sabemos que voltamos sempre a errar!
Chega de sofrer por um filme que já vimos.
Não vale a pena olhar para essa vela,
que teima em se apagar,
com a brisa do nosso passado.
Vamos fazer dessa nuvem um arco-íris,
com as cores que víamos antigamente,
e parar de nos magoar.
Esperaremos pacientes
o relâmpago voltar a queimar a nossa pele,
mas sem forçar a vontade
da minha boca voltar ao lugar
Onde os teus lábios me esperam
Como um sol todas as manhãs.
Michel Martins
Domingo, 13 de Setembro de 2009
Mão
"Mão"
Eu estou aqui,
como no tempo em que éramos dois cúmplices,
apenas não ouço a tua voz e não sinto a tua mão quente.
Estico o braço e não te consigo tocar.
Estamos a brincar às escondidas,
como quando éramos crianças?
Mas já chega de esconde esconde!
Agora diz sim,
Aparece!
Quero-te alcançar, nem que seja de raspão
Vou ganhar esse jogo que já perdeu a graça!
Eu sou os pés que caminham na tua direcção,
E fazem sombra na calçada de pedra,
Onde muitas vezes rasgámos os joelhos…lembraste?
Apenas as nuvens mudaram de lugar,
E o frio já não é o mesmo frio!
Mas, nós ainda podemos ser os mesmos,
temos é de fingir que o relógio parou!
Não contes a ninguém…está bem?
Afinal sempre partilhamos segredos,
e, os amigos são para isso mesmo…
Vamos saborear este reencontro,
e começar de novo…nem que seja a fingir,
como quando nos vestíamos de índios e atirávamos setas imaginárias ao sol,
ou quando eu e tu voávamos na vassoura que esperava por nós todas as manhãs.
Como é que tudo passou tão depressa?
Eu não queria sentir essa saudade,
que faz gelar a minha mão!
Michel Martins
Sexta-feira, 11 de Setembro de 2009
Sou
Sou
Sou aquela gota de chuva que cai no telhado,
e escorre pela cara do amante saudoso.
Sou o esforço que fazes para recordar o meu rosto
quando as saudades já se chamam dor,
e o peito é empurrado contra as rochas do nosso amor.
Sou o sangue que aflora na pele quando os nossos olhos se cruzam,
e o coração começa a disparar de emoção.
Sou o tempo que se arrasta pelas calçadas de pedra
a rasgar a pele já fragilizada pela tua ausência.
Sou a afirmação presente no olhar de quem ama
e a negação de quem brinca ao amor.
Sou eu, aqui sempre…esperando a chuva da distância passar,
Sem medo de querer dizer “estou aqui”
Sou tudo e sinto-me nada
Um pequeno nada que é tudo.
Michel Martins